Boa noite,
Sr. Golyádkin,
também
me chamam assim.
Somos sombras
cúmplices,
vacilantes,
falhas em duplicata.
Por favor,
coloque o capote,
aperte a minha mão
e o passo.
Não faça
essa cara de espanto
nem me desaponte
com seu desdém.
Vamos vagabundear
por Petersburgo
em carruagem de cavalos de Kazan
digna do tsar.
Sairemos da rua Chestilávotchnaya,
atravessaremos
a ponte Izmáilovski;
Clara Olsúfievna
nos espera
vestida de versos franceses.
Não, amigo,
não há mais bailes aristocráticos.
Breve estaremos na neve
da avenida Niévski,
comemoraremos a morte
do Grande Inquisidor
no cabaré Príncipe Míchkin.
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