α
Pele é onde o tempo digita a senha do inacessível.
β
Olhos flutuam unicórnios em esquinas mortas.
γ
Coxas acesas e deslizantes na balbúrdia de terrenos baldios
sob lençóis de cambraia.
δ
Palavra interditada por sentença judicial inscrita em suas
órbitas de vadia.
ε
Sou o cão da noite há nove luas algemado do outro lado da
porta.
ζ
Na terceira gaveta do lado esquerdo do guarda-roupa dois
seios se guardam para a chuva.
η
Navegação e naufrágio remam na mesma direção.
θ
O suicida falho descobre algo pior do que morte e vida.
ι
Não existe passado que não possa voltar para nos assombrar.
κ
Escombros e livros nunca cumprirão a promessa de construção.
λ
A Sociedade dos Eus Líricos Demenciais e Bêbados funciona na
Rua da Página.
μ
Frase lapidar é o coroamento de cada lápide.
ν
Mcmorte, sanduíche de sangue, maionese e necrose.
ξ
Quando eu tiver juízo, viro um Kant.
ο
Facebook, faceboca, facebarba, facebigode.
π
Comigo a poesia ficou puta (depois que morrer, aprendo).
ρ
Govermes são górgonas gangrenadas a transformar o mundo em
um inferno.
σ
Pensamento, pro fundo!
τ
Sou um tarado tangendo um alaúde.
υ
Sem o samba os velhos sobrados do centro do Rio de Janeiro
desabavam.
φ
Intoxicado de suplementos, plenamente aditivado e pronto
para o amor.
χ
Minhas pupilas me traíram, mas o prazer me condena.
ψ
Perceber é a pior forma de distração.
ω
O seguro morreu de verme.
Caro Zantoc, gostaria de saber se você pode me enviar sua tese sobre a Hilda Hilst. Obrigado. Edson.
ResponderExcluirMeu email é: duarteazul@ig.com.br
Prezado Edson, você pode consultá-la na íntegra em http://www.letras.ufrj.br/ciencialit/index_banco_de_teses.htm
ResponderExcluirUm abraço
Este comentário foi removido pelo autor.
ResponderExcluir"Caspas" são escamas de couro, couro cabeludo!
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