domingo, 9 de junho de 2013

Bandeira na noite alta
























Atrás de textos
(noite de mil páginas);
à frente de fantasmas fugidios
emergindo da tela
(nela, exílio da fantasia,
o branco causa pânico).

Ob
       servo
cometa
- luz carimbando pálpebras
murchas
(pétalas despojadas do perfume
do dia).

Vem,
em passos de susto,
um surto de sombras e desarmonia
ao cair do corpo
em chão de transgressão e plumas.

Na terra vazia do depois,
no além de,
no para lá do possível
arremessar com fúria de Prometeu
palavras ao limbo, 
escavar o interdito
com a face encharcada de lama e luz.

Atrás de textos
(noite de mil páginas)
acendo beijos como velas
(ou Bandeiras)
capazes de redimir os corpos
e arruinar as almas.




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