Há algo comigo
que não assimilo.
Em mim
o mais distante
horizonte
rasga o umbigo
e segue adiante
indiferente
ao meu pânico,
um afluente
inverso
- rio de matéria escura-
corre em refluxo constante,
ilegível verbo evasivo
inconjugável
conjura a falência dos sentidos.
Entre pleura e pneuma
o trânsito de inessência
intratável,
um lance
sempre fora de alcance.
E se eu for
somente aquilo que me escapa?
Isso também é muito do que sinto/escrevo. Gosto de me encontrar aqui.
ResponderExcluirBeijo.
Lara, algum coisa em nós bate na mesma pulsação.
ResponderExcluirBeijo
Acho mesmo que a gente sempre é aquilo que nos escapa. Quando se consegue - etereamente - apreender, vira poesia.
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