terça-feira, 9 de julho de 2013

Rue de la Vieille Lanterne


























Um poema esgotou-se.
Pende de corda esticada em grade parisiense
o Cristo no Horto das Oliveiras.

Sujas de abismos
as fibras enroscadas em antigas
dissonâncias,
a corda, carinhosa
oferta da Quimera,
repousa agora
entre mirtos e sicômoros.

Algo vaza da cisterna do corpo
del desdichado
para lavar a rua deserta.

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