Quá-quá-quá em tablete meio amargo
Atravesso uma quadratura aquátil
palafitas
malditas
: as palavras
Casa do falso quediva do Cairo
em ondas de quebra-verso
à deriva
Quiçá um esquadro
de quartzo no meio do quarto
ou de um quasar
quebre meu queixo
antes que a roda de um carro
Quero
a quântica quenga
do último bolero
que fugiu com o roteirista
cego
Mas o serviço de entrega
à queima-roupa
me reserva anódinas encomendas
a) Dois
versos de Paul Celan
dentro de vidro de azeitonas
“Deslizas: o granizo negro da melancolia
Cai num lenço, todo branco pelo aceno de
despedida”
b) Caixa com fotografias extraviadas
menina com um cãozinho beagle no colo
mulher quíchua de
olhos quebrados
contra a neve dos
Andes
homem mal passado
c) Apólice de plano de apo(sentado)ria
bilhete anexo
“prazo de validade
ilegível”
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