Encontrei este poema de Aristeas de Proconeso, poeta grego (680 a.C. - 540 a.C.), no trem em que eu viajava para Santa Cruz.Embora não saiba grego muito bem, apelei para os espíritos e consegui fazer uma tradução razoável, embora cheia de lacunas.
1.
Não
desabe
outra
vez
cornija
e
arquitrave
sobre
os passos
de
paixão indelével.
2.
Eros
em
seu templo
sustente
erosão
nas
colunas de carne
e
carícia.
3.
Sacerdotisa
pítia
impiedosa
não
profira
as
sílabas
assassinas.
3.
O
oráculo
de
Delfos
guarde
os véus
da
tempestade.
4.
Pallas
Athena
preserve
o sangue
da
coruja
em
cratera de ouro
fora
do alcance
de
lanças macedônias.
5.
Afrodite
permita
os prazeres viperinos
do
cerimonial
de
putas sagradas
em
troca de sete virgens,
folhas
de murta e romãs frescas.
6.
Dyonisos
libere
a via dos excessos,
o
trânsito do transe
de
bacantes embriagadas
e
nuas
no
palco em escombros.
7.
Zeus
traiçoeiro
e intrigante
lance
raio fulminante
sobre
as tropas espartanas
implacáveis
na conversão
de
tumulto em túmulo.
α
Não
desabe novamente
a
não ser
sobre
meu corpo
pulsando
como louco
no
porto de Pireu.
Belos "desabamentos" românticos! Que não se transformem em implosões!
ResponderExcluirAbraço, Célia.
Pérolas, isso é o que são...
ResponderExcluirBeijos,