sexta-feira, 2 de novembro de 2012

Fora de órbita





























Vivo em curto
circuito
à longa distância
do círculo
explosivo
do teu corpo de excessos

Sou visível
a olho nu
na constelação em espiral
do outro lado da sala.

Tudo é questão de grau
e abrigo.
Basta moveres
com delicadeza e matemática
palavras contrabandeadas
em antigos mapas astronômicos;
compreenderás,
então,
que ninguém paralisa o universo
para voltar incólume
depois da tempestade.

Órbitas desviadas
lacram as linhas do retorno cósmico.

O amor em fuga
forma a matéria escura do universo.

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