Tatuo
em suas longas pernas
- muralhas da China -
minha desistência
de nômade.
Doravante
serei súdito da dinastia
de olhos ameixas,
escravo das colinas
chinesas
na longa marcha de uma noite.
Atravessei
o rio Amarelo em hipnose
para caligrafar o gozo
em terrenos de seda e cetim
do corpo de imperatriz
lupina
atrás de um biombo
em Xangai.
Quando o sol
chegar à estação central
de Pequim
extraviará a fantasia das palavras
de porcelana.
e o bilhete de passagem.
Nosso efêmero império
sem herdeiros.
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