Luvas negras de luto
trêmulas em mãos míopes
acariciam cartas antigas
em caligrafia chinesa
(talvez sânscrito
a escrita em colunas
no xadrez da toalha suja).
No papel prevalece
a erosão dos signos
como se o tempo escavasse
diuturnamente
renovada ferida.
A palavra decantada
permanece ambígua
como o amor
lançado ao abismo.
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