Um lance de laços
sem estrelas
estreita um jogo
de fartos espelhos.
Os dados amarrados
não saem das pontas dos dedos
viciados
em apontar falhas e fiascos
lançados ao acaso.
As palavras recicláveis,
reutilizáveis,
descartáveis,
boiam nas vitrines do shopping
- mercado de sentidos em liquidação.
O jogo segue
cego e célere,
mas os jogadores sabem muito bem
que não há vocabulário
nem poetas-faxineiros
para limpar a sujeira de nossa miséria.
Jogam para sujar as mãos;
talvez do lodo uma estrela.
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