quarta-feira, 12 de dezembro de 2012

Largado






















Desde menino assim
ao largo.
A escola interna
- enferma escolha alheia -
antes depósito-inferno.
Nauta mirim no lodo
amargo
da mesa de mármore.

No entanto, o riso
natural, costura oculta
nas mangas do uniforme
listado
de fugas e abandono.

Nascido com os pés sujos
de ocaso,
restou-me
crescer para a aurora.

Um riso invencível
nos olhos,
intacto sol:
inviolável
fio fulvo escapa
de remendos.


2 comentários:

  1. Zantonc, pegou-me pela emoção o poema. Pelas imagens que saltam dele. Pelo sol que, apesar de tudo, brilhou.
    Beijos,

    ResponderExcluir
  2. Coisa boa é fugir da escola, matar aula - para não matar o professor -. Era muito bom, mas sempre dava algo errado ou se escapava o remendo...



    Abraço Zantonc,
    do Felipe.

    ResponderExcluir