sexta-feira, 5 de abril de 2013

Para: Paco Cac no céu da poesia. De: um poeta sem chão.





Inteiro
na poesia
o sopro
da vida.

Dentes curvos
e carnívoros
sobrevoam
as notas alongadas
do trompetista
de óculos fora de órbita.

Puro arbítrio
arremessá-lo à cisterna mínima,
(sub)traindo ao coro
a noite mais generosa.

O silêncio abre rodas
na memória.

Nossa praia deserta.


2 comentários:

  1. Saudades do Paco
    Essa foto que usaste, eu fiz quando ele se apresentava no Porto Poesia 2, aqui em Porto Alegre.

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  2. Conheci o Paco há décadas. Uma saudade muito grande. Gostei da foto, ele está inteiro dentro dela. Na próxima sexta-feira será feita uma cerimônia para homenageá-lo aqui no Rio.

    Um abraço.

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