terça-feira, 2 de dezembro de 2014

Baía das lobas marinhas
















derrame
de dedos e remos
ínsulas
istmos
línguas
aranhas em pelos pubianos
erguem em máxima intensidade
voo inflável
de nau oblonga
longo calado
tatuado no casco
“Ernestina, amor eterno”
desabam
todas as velas no oceano
esparramado na cama
azul
afundam lençóis
bordados com nomes extintos

Vênus insaciável
pernas abertas
a uma frota inteira


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