Max Ernst |
José Antônio Cavalcanti
Tempos desconexos,
acesso a caos e ocaso
pleno de cacos de casos ocos,
rasos & rasurados.
Ossos raros, olhos ralos;
os sonhos rolam para os ralos.
Tempos versáteis,
atléticos,
performáticos
– reles exibi$ionismo corpo & money,
dança de dragões graduados nas galés.
A galera apenas galeria de caetés,
afros, mestiços, excluídos e extermináveis,
rústicos rabiscos do rosto da ralé:
mar de anjos,
andrajos,
marmanjos.
O som não explode corações.
A harmonia recolhe o balé da fantasia.
Um adágio pontilhado a bala
(estúpida estamparia de estampidos)
preenche a partitura de corpos desafinados
em campos de cravo, oboé e desova.
A tralha e a metralha,
a bala sem batalha
em lugar de alaúde e viola.
A causa podre do poder escorre
a baba, a gosma chula e vistosa:
polifonia de ócios e vícios,
policiais versões ofídico-oficiais.
Gangues grogues de fome e vitrinas
lambuzam a língua de facas e violinos
sob um sol de múmias em mímicas momescas:
excrescências em melífluas vossas excelências
enxameam o governo de vermes e vexames.
Perdemos o nome, passamos à listagem.
Nossos sonhos, agora magnéticos,
jazem enforcados em códigos de barra
exalando distância e distopia.
Parabéns pelo poema que reflete a humanidade e o seu mundo, em pleno século XXI - desencontrado nos encontros supérfluos de pessoas vazias de tudo que buscam preencherem-se do nada!
ResponderExcluirAbraço, Célia.
Olá, amigo poeta! Tem um presente de Natal para você no Távola de Estrelas!Desejamos a você votos dum
ResponderExcluirNatal muito Feliz e de um Ano Novo Maravilhoso!
abraços,
JouElam & Dani
Távola de Estrelas: http://jorgemanueledanieledallavecchia.blogspot.com/2011/12/um-selinho-pra-voce.html