Inventei-me um outro e fiz um poema para postar no Facebook. Fazia muito calor e ingressei em um tempo distante para apreender ou desaprender os caminhos do exílio, em todas as suas formas.
O falso poeta, o falso tradutor e o texto integram algo indivisível. Não há razão alguma para explicar o que está cifrado no texto. Quem puder que descubra.
Um poema de Stanislaw Warneńczyk (1889-1944)
A caminho de Cracóvia
caí.
Flocos de nuvens saíam
de minhas botas curvas.
O casaco escutava o vento
soprar uma canção de cinzas
entre memória e remendos .
O céu estava esplêndido,
azul com trovões humanos.
Tanta beleza
desabava
paredes de sinagogas e igrejas.
Levantei-me
e segui para o sul.
Traduzido do polonês por Zantonsky
... e a "falsa leitora" ousa decifrar: guerra temporal, física ou emocional... e na memória, a fuga para outras paisagens...
ResponderExcluirPoema, incrível! Abraço, Célia.