domingo, 16 de março de 2014

O lado de fora do poema

















não se abre
ao fechar-se um livro
como alguém
que batesse portas
e selasse janelas
entre aposentos distintos

é preciso
um certo tempo
para alcançarmos
o que vive fora
do poema
um tempo precioso
inesgotável
e isso é tão verdade
que morremos
antes de descobrir
se algo realmente existe
fora do poema


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