Sebastião Salgado |
Virão os búfalos em manadas
Fogo nos olhos e nos
cascos
Os cornos de vidro e
plástico
Espetando o céu de
dúvidas
E asco entre fios
telefônicos
E as copas de árvores
murchas
Manchando de caos o
progresso
Gravado em cartazes
gigantescos
Acima de marquises e
sonhos
De consumo de zumbis
sintéticos
Filhos de estatísticas
perversas
E de psicolonialismo voluntário
Os búfalos dispostos a
despropósitos
Disparam rancor e
ressentimento
A cegueira condenatória
do inconformismo
saliva inevitável
ausência de sobreviventes
Poema com uma narrativa existencial ímpar e, nada mais nada menos, que, foto de Sebastião Salgado? Um luxo na blogosfera! Excelente momento! Retrata a atualidade em verso / estrofe e imagem!
ResponderExcluirAbraço.
Poemaço, José! Você sempre detona com seus gritos. Sabe bem colocar o dedo na fuça dormente da sociedade.
ResponderExcluirMais um poema seu para minha lista de favoritos.