segunda-feira, 26 de maio de 2014

Big-bang-bang


A luz do vitral
no vão da escada
peso de chumbo
no pequeno soldado
flagrado abotoando a camisa
descendo assustado
em fuga quixotesca
aos cheyennes
ávidos de escalpo
no andar de cima
espalhados
no lençol cinza
recém acordado.

Saltou da cama
antes que o café intrometido
viesse estragar a festa,
colheita matinal
de sonhos de verão
na velha casa tijucana
com ares de Hollywood.

O fim do mundo
era carinho materno
cortando com doçura
a retomada
do faroeste de domingo
filtrado
por mágica vibração noturna.


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