O mar é minha pele
salina e leve.
Azul e alada,
a água pulsa
em onda brusca,
breve,
espiralada.
Em meus olhos aquosos
algas negras anunciam
novas ondas imprevistas;
vulcânicas e velozes
me alagam e me largam
na pele arenosa do fundo.
Sonho surfar o insondável.
Pulo ousadia no oceano,
sinto o impulso suicida
de lançar meu nome camicase
contra tsunamis,
contra a violência circular
do tempo
e sua matilha de milênios
e minutos.
O mar,
meu berço,
meu túmulo.
Belíssimo, José, gostei muito dos últimos poemas, com destaque para este, Manada e Manadas em arenas.
ResponderExcluirDemais!
Abraço.
Valeu, Lara. Elogio vindo de você equivale a selo do Inmetro.Beijos.
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