sábado, 23 de agosto de 2014

Duelo






















Esgrima no escuro, outro florete
ausente, o que se golpeia não sente
filete vermelho no meio do peito.
Pelos cinzas chamuscados de esquivas
invocam rubros demônios da noite.

Ouve-se falsa respiração, falta
de fôlego da vingança ao caírem
lâmina, lágrimas e mil palavras
na lixeira de plástico lilás.
Na ponta da sombra sempre alguém sangra.

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