Não me lembro de quando é esse poema. Provavelmente da década de 90. Espero que agrade a algum leitor.
José Antônio Cavalcanti
Tensionadas ao infinito
as janelas despencam
e a noite furta lanternas
ao céu.
Noturna procissão
de pássaros de jade
sobrevoa
o mármore da ansiedade.
Correnteza intangível
mergulha o destino
no inevitável.
A manhã é um gesto distante:
um relógio quebrado
no porão de uma igreja.
Um telhado em chamas
retém a chuva;
temporal de perdas
desabando imagens
e granizo.
Nada deterá o rosto
e o seu esforço
em inventar-se,
o grito ao ver-se,
o doer-se.
Adriana Varejão |
José Antônio Cavalcanti
Tensionadas ao infinito
as janelas despencam
e a noite furta lanternas
ao céu.
Noturna procissão
de pássaros de jade
sobrevoa
o mármore da ansiedade.
Correnteza intangível
mergulha o destino
no inevitável.
A manhã é um gesto distante:
um relógio quebrado
no porão de uma igreja.
Um telhado em chamas
retém a chuva;
temporal de perdas
desabando imagens
e granizo.
Nada deterá o rosto
e o seu esforço
em inventar-se,
o grito ao ver-se,
o doer-se.
Eis aqui um leitor ao qual ele agradou, e muito!
ResponderExcluirImagem forte da Adriana Varejão. Quando não são as vísceras que pulam do íntimo da parede, é o branco frio e impermeável dos azulejos que não absorve o sangue.
Um abraço.
Eis aqui uma leitora ao qual ele agradou e muito, também!!!!!!!
ResponderExcluirEu tenho um viés muito forte com as palavras, elas me emocionam muito. Estas inclusive.
Obrigada pelo convite, estarei sempre por aqui.
Grande abraço.
Elisiana Alves