sábado, 5 de novembro de 2011

Noturno de abril



















     

     José Antônio Cavalcanti



A noite corta o meu corpo

em finas fatias de solidão.



A paisagem é um piano proscrito

apodrecendo partituras.



A noite tatuada de estrelas

espelha desespero.



Converto o olhar em lâmina acesa

num tráfico de luzes e desejos.


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