quarta-feira, 15 de janeiro de 2014

Dê um rolê














A constituição
ficcionaliza o direto de ir
e vir
a tomar porrada
graças à letra da lei
que reza que
ir é direito
de gente pé-rapada
à cela
ou à cova mais rasa.

Os sem nada
só podem vir
a tentar a sorte
em facção armada,
igreja pentotal,
bundalelê
ou Mega-Sena:
gado pra corte.

Felizmente
há zona eleitoral
eletrônica

fraudulenta
regada a dólares
e caixa dois
para sustentar
pena de morte
e invisibilidade
à periferia.

Os pobres
excedem a medida
de nossa democracia.


Um comentário:

  1. Ah! Os marginalizados... Têm culpa de quê? Responda-me... Da sorte? Da mega sena que não aconteceu? Da mega da virada que virou apenas na realidade que vivem?
    Oras, senhora autoridade? Pedem esmolas para saldar débitos de ladrões de terno e gravata? Poupem-me, por favor!
    Abraços,
    Célia.

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